Não dá para viver no século XXI sem se deparar em todos os cantos com a expressão “Inteligência Artificial”. Alguns, como Elon Musk, que chegou a dizer que “a inteligência artificial ameaça a existência da nossa civilização”, a temem. Outros, como Mark Zuckerberg, são otimistas. Mas você sabe o que ela significa?
Afinal, o que é essa tal Inteligência Artificial?
A Inteligência Artificial, ou IA, como ficou popularizada, pode ser resumida sucintamente em uma única frase: a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes. Isto é, ela busca, através de símbolos computacionais, construir mecanismos que simulem a forma do ser humano de pensar e de resolver problemas, ou seja, de ser inteligente. Essa nova tecnologia permite que os sistemas tomem decisões de forma independente, precisa e apoiada em bancos de dados digitais.
Assim, os novos dispositivos, incorporados da inteligência artificial, já possuem características humanas básicas, como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos e agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano).
Mas como essa ideia surgiu?
O desenvolvimento da área começou logo após a Segunda Guerra Mundial, com o inglês Alan Turing, que tinha por objetivo inicial dar capacidade a um sistema de interpretar corretamente dados externos, aprender a partir desses dados e utilizar essas aprendizagens para atingir objetivos e tarefas específicos através de uma adaptação flexível.
Mas é evidente que a construção de máquinas inteligentes interessam à humanidade há muito mais tempo, a exemplo de personagens como o Golem e o Frankenstein, que simulavam a vida e a inteligência humana.
Percebendo que esse ramo da ciência tinha muito mais a ser descoberto, os pesquisadores e cientistas abraçaram a ideia de fazer com que uma máquina pudesse reproduzir não só a capacidade de um ser humano pensar, como também a capacidade de sentir, de ter criatividade, e de ter auto aperfeiçoamento e uso da linguagem.
E o que isso tem de bom?
O futuro da IA aponta para uma tecnologia cada vez mais transparente, eticamente construída e que faz parte de tarefas do dia a dia, no trabalho ou na nossa vida pessoal, aumentando nossas capacidades cognitivas. A nova ciência pode tornar o ser humano mais produtivo, liberando profissionais de determinadas tarefas mecânicas e repetitivas para que possam usar o máximo de sua capacidade para criar e inovar em outros setores.
Além disso, as máquinas são mais consistentes, reduzindo a incidência de erros, são mais resistentes a diferentes ambientes e não precisam de descanso, férias ou salário, sendo grandes atrativos empresariais.
Ela vai roubar meu emprego?
Com o crescimento exponencial do mercado de tecnologias envolvendo automação e IA, o medo de que as máquinas roubem os empregos dos seres humanos é normal, e ele tem fundamento, já que o número de empresas que implementaram IA em seus processos cresceu 270% nos últimos quatro anos.
É comum que esse tema cause certa ansiedade, entretanto, a tendência é que, mais que eliminar cargos, ocorra uma profunda transformação na forma como trabalhamos hoje. A ideia é que, à medida que as máquinas assumam tarefas repetitivas e o trabalho das pessoas se torna menos rotineiro, melhor podemos aproveitar nossas capacidades mais essenciais, como a criatividade, a empatia e o julgamento crítico – características que nos distinguem das máquinas.
A IA é mais competente do que as pessoas em tarefas de análise, organização e até resolução de alguns problemas, mas ainda não é capaz de melhorar a si mesma, em diversos campos, aprender coisas novas sem informações prévias, e ainda possui um alto custo de produção, sendo inviável para muitas empresas.
Um sistema tão complexo e abrangente como o cérebro humano ainda é uma realidade distante, o que dificulta a substituição total. Porém, é nítido que empregos na área tecnológica têm mais chance de serem valorizados no futuro.
Onde é usada hoje em dia?
Você já sentiu como se um site tivesse adivinhado o que você queria comprar, ver ou escutar? Pois é, essa mágica na verdade não passa de uma análise de dados em busca de preferências dos usuários, que sites como Netflix, Spotify e Amazon, realizam diariamente para conquistar clientes.
E não para por aí. Assistentes virtuais como a Siri, a Cortana e o Google Assistant são bons exemplos de inteligência artificial em contato direto com os usuários. Mas os smartphones, computadores e outros gadgets do cotidiano também operam com IA de muitas outras maneiras, a começar pelo Google.
O app Fotos reconhece o conteúdo de suas imagens e permite que você faça uma busca digitando o nome de um objeto ou ação. O YouTube pode transcrever áudio e gerar legendas para os vídeos em 10 idiomas. O Gmail oferece respostas automáticas inteligentes para seus e-mails. O Google Tradutor traduz textos de placas, rótulos e cardápios com a câmera do celular.
Mas o marketing e o atendimento ao consumidor não são os únicos setores modificados. O mercado financeiro também tem automatizado muitas de suas ações, deixando tarefas como análise e aprovação de crédito, assistência para aplicações e monitoramento do consumo, à cargo da IA.
Do mesmo modo que nesses setores, mas com talvez menor intensidade, há aplicação da em outras áreas, como a medicina, na qual robôs já efetuam cirurgias e realizam diagnósticos mais precisos que médicos.
A tendência é a inteligência artificial ampliar para todas áreas e estar cada vez mais presente no nosso cotidiano
Quer saber mais?
Então veja a UFMG Talk, da nossa universidade, onde os especialistas Eduardo Albuquerque e Nívio Ziviani discorrem sobre o tema:
Excelente!! Adorei